No dia 21 de abril de 1984 era lançado Bananarama, segundo álbum do Bananarama. Você confere as faixas da Bananarama na programação da FWR.

Para seu segundo álbum, o Bananarama passou por uma mudança reveladora na personalidade, de todas as garotas de cabelo rebelde e macacão do álbum Deep Sea Skiving para um visual mais elegante e glamoroso. Da mesma forma, o álbum tem uma sensação muito mais polida do que a estreia ocasionalmente dispersa, o que nem sempre é uma coisa boa; ficando com Tony Swain e Steve Jolley para produzir a coisa toda (a dupla dividiu as tarefas de produção com três outros na estreia), Bananarama trocou sua brincadeira com toques tropicais e conotações irônicas por um som mais comercial que teve uma boa pontuação nas paradas (a incrível abertura Cruel Summer foi um sucesso mundial), mas foi menos original do que antes. O que há de mais incomum no Bananarama é o conteúdo das canções. Liricamente, o álbum é surpreendentemente sério, com tópicos que vão desde a violência sectária na Irlanda (Rough Justice) à violência doméstica (King of the Jungle) e ao uso de drogas (Hot Line to Heaven). De fato, sob o refrão cantante, a melhor faixa do álbum, Robert de Niro's Waiting, acaba sendo os devaneios traumatizados de uma vítima de estupro adolescente, com uma melodia improvável e despreocupada. Mesmo canções relativamente leves como State I'm In e Dream Baby têm um tom estranhamente paranoico.

Claro, o desvio para temas maduros não durou muito, já que o próximo álbum do grupo introduziu a frivolidade das paradas dos produtores Stock-Aitken-Waterman em cena, mas ainda vale conferir as Bananaramas em uma intrigante e muitas vezes excelente viagem paralela.