No dia 25 de abril de 1988 era lançado Life's Too Good, álbum de estreia do The Sugarcubes. Você confere as faixas do The Sugarcubes na programação da FWR.

Lançado durante uma época em que o post punk se tornara sinônimo de conotações sombrias do gótico, Life's Too Good neutralizou a seriedade rigorosa do alternativo dos anos 80, subvertendo o vitríolo do movimento post punk anterior, oferecendo um substituto mais colorido e criativo.

O single mais conhecido da banda, Birthday, soou enfaticamente jovial, pop no melhor estilo esotérico, que foi elogiado por John Peel e a revista Melody Maker; alcançou a posição #2 nas paradas indie, mas foi criminalmente esquecido na parada oficial do Reino Unido, entrando em apenas #65. Uma pena, especialmente considerando que é a, senão uma das, canções pop mais perfeitas já gravadas. Soando tão inspirada agora quanto soava no seu lançamento, seu brilho estranho e descrição de abandono infantil evocam um certo tipo de nostalgia caprichosa, enquanto os gritos penetrantes e desafiadores de Björk e lirismo aparentemente enigmático se tornariam uma marca registrada de seu trabalho solo subsequente.

Bem como The B 52's e Talking Heads, o The Sugarcubes provou que o alternativo pode ser divertido e a seriedade pode ser boba. Birthday, apesar de ser o momento definidor dos Sugarcubes, não é indicativo da estreia como um todo. Na verdade, como acontece com alguns dos melhores LPs, é difícil colocar este álbum dentro de um gênero específico.

Apesar de seus momentos de brilho pop inato, permanece um caos sombrio em Life's Too Good, reprimido, mas sempre presente. Um clássico discreto e, de longe, o melhor álbum da banda. É estranho, mas acessível, ingênuo, mas genial e, em última análise, infalível do início ao fim