No dia 25 de abril de 1994 era lançado Parklife, terceiro álbum do Blur. Você confere as faixas do Blur na programação da FWR.

Modern Life Is Rubbish estabeleceu o Blur como o herdeiro do astuto pop britânico dos Kinks, do Small Faces e do Jam, mas seu sucessor, Parklife, revelou a profundidade dessa transformação.

Baseando-se nos comentários sociais seriocômicos de Ray Davies, bem como na new wave, Parklife percorre toda a história da pós-invasão britânica britpop no curso de 16 canções, tocando psicodelia, synthpop, disco, punk e music hall pelo caminho. Damon Albarn pretendia que essas canções fossem um esboço da vida britânica nos anos 90, e é surpreendente como ele chegou perto de seu objetivo; Não só a animada Girls & Boys e o canto falado de Parklife se tornaram hinos no Reino Unido, mas também inauguraram uma nova era do britpop e da cultura jovem, onde a juventude britânica celebrou seu país e suas tradições.

As legiões de bandas melódicas e estridentes que seguiram o rastro de Parklife revelaram como a visão de Blur era muito mais complexa. Não apenas sua música foi precisamente detalhada, efeitos sonoros e linhas de guitarra brilhantes aparecem em todo o álbum, mas as melodias elegantemente entrelaçadas com os acordes, como na graciosa e comovente Badhead. Surpreendentemente, Albarn, com toda a sua sagacidade fria e desapaixonada, demonstra compaixão que dá a essas canções três dimensões.

Apesar de toda a sua celebração da tradição, Parklife é um disco totalmente moderno na medida em que dobra gêneros e é autorreferencial (o hino mod da faixa-título é dublado por ninguém menos que Phil Daniels, a estrela de Quadrophenia). E, unindo o passado e o presente, Blur articulou o Zeitgeist de meados dos anos 90 e produziu um disco que definiu uma época.