No dia 15 de maio de 1986 era lançado Raising Hell, terceiro álbum do Run DMC, que, apesar de pronto para um avanço no mainstream, não estava preparado para um blockbuster do nível de Raising Hell. Você confere as faixas do Run DMC na programação da FWR.
Os álbuns Run DMC e King of Rock haviam estabelecido a fusão da equipe de hip-hop e hard rock, mas esse som não floresceu até Raising Hell, em parte pela presença de Rick Rubin como produtor. Ele amava metal e rap em medidas iguais e sabia como usar os pontos fortes de ambos, ao mesmo tempo que escorregava em concessões comerciais que pareciam maliciosas mesmo quando pegavam emprestadas canções tão famosas como My Sharona (ouvida em It's Tricky).
Com o antigo Run DMC, o produtor Russel Simmons derrubou as portas do que o hip-hop poderia impor com Raising Hell porque foi além do rap-rock e encontrou todos os tipos de som fora dele. Sonoramente, há mais coisas acontecendo neste álbum que em qualquer álbum de rap anterior, ganchos, loops de bateria, scratching, riffs, enfim, mais de tudo. Enquanto outros discos de rap giravam em torno do ritmo, este é repleto de sons e ideias, dando à música um fluxo tangível. E a cover de Walk This Way, do Aerosmith, ajudou bastante, pois deu a um público não familiarizado com o rap um ponto de entrada, mas, se fosse apenas um disco novo, com uma fusão de rap e rock, Raising Hell nunca teria vendido 3 milhões de cópias. A música foi totalmente realizada e era revigorante, balançando mais forte e melhor que qualquer um de seus colegas de rock ou rap em 1986. Anos depois, essa sensação de entusiasmo ainda é palpável nesta história de sucesso do rap em geral e do Run DMC especificamente.