No dia 20 de maio de 1997 era lançado The Colour and the Shape, segundo álbum do Foo Fighters. Você confere as faixas do Foo Fighters na programação da FWR.
Para seu segundo álbum, Grohl pegou emprestado a função de baterista de William Goldsmith durante a gravação de todo o disco. E quem poderia culpá-lo? Quando você é um dos melhores bateristas do rock, é difícil ficar do lado de outra pessoa, não importa quão boas sejam suas intenções, e a bateria de Grohl deu aos Foos músculos por baixo de seu exterior brilhante. Essa esperteza chega através do produtor Gil Norton, contratado com base em seu trabalho com os Pixies, mas ele consegue dar a The Colour and the Shape um brilho muito elegante, algo que chega como um choque após a aspereza da estreia do grupo. Um rock de arena sem remorso, é tudo trovão polido, rock&roll que tem a ver com precisão e não com abandono. Alguns podem sentir falta da agressão crua do trabalho anterior de Grohl, mas ele é um artesão e músico tão forte que tal exatidão também lhe convém, destacando seu senso de melodia e melodrama, elementos abundantemente exibidos nos dois maiores sucessos do álbum, My Hero e Everlong.
Em outro lugar, os Foos tocam rock de três acordes com um aprumo que quase disfarça o quão habilidosa é a produção de Norton, mas tudo aqui, desde o poderoso ímpeto da banda até os grandes ganchos e superfície elegante, acabou definindo o som do pós-grunge, e talvez continue a ser o melhor exemplo de seu tipo.