No dia 23 de maio de 1994 era lançado Lifeforms, segundo álbum do The Future Sound of London. Você confere as faixas do Future Sound of London na programação da FWR.

Tendo se entregado a reinos mais explícitos da ambient music com o projeto paralelo Amorphous Androgynous, FSOL voltou à ação total com Lifeforms, um disco duplo que se classifica como um dos melhores lançamentos de techno experimental dos anos 90. Se não tão imediatamente memorável em uma base canção por canção como, digamos, as coleções Selected Ambient Works do Aphex Twin, como uma peça geral, Lifeforms cria uma experiência auditiva fascinante e inventiva, tão rica e detalhada quanto o melhor trabalho do Orb. Onde o FSOL difere dessa banda em particular é a comparativa falta de humor aberto e menos desejo imediato de fazer as pessoas dançarem, isso é algo para se ouvir ao invés de necessariamente dançar. Em comparação com o Accelerator, esta é uma escuta extremamente sutil, com ritmos geralmente enterrados na mixagem, servindo às melodias ao invés do contrário. Em comparação com as quebras iniciais e as batidas estáveis de apenas dois anos antes, aqui elas são gaguejadas, ecoadas, muitas vezes se aproximando do dub em ritmo e impacto. Enquanto isso, as bolhas e ruídos alienígenas do espaço e tons assustadores tomam o primeiro plano, criando uma experiência desorientadora e evocativa, uma mistura de sons naturais e elementos artificiais muito parecidos com a própria arte da banda.

Há algumas participações especiais aqui e ali, mas são principalmente notáveis como a banda os incorpora em vez de deixá-los se destacar, a guitarra de Robert Fripp em Flak, as tablas de Talvin Singh em Life Form Ends e Toni Halliday do Curve fazendo uma "textura vocal" em Cerebral.