No dia 2 de junho de 1998 era lançado Adore, quarto álbum do Smashing Pumpkins. Você confere as faixas do The Smashing Pumpkins na programação da FWR.

Sem um baterista após a demissão de Jimmy Chamberlin, o Smashing Pumpkins aproveitou a oportunidade para renovar seu som ligeiramente, que é o que Billy Corgan afirmou que eles fariam em seu quarto álbum de qualquer maneira. Adore, no entanto, não é uma mudança drástica. Usando baladas dream pop e a pulsação sintética da faixa 1979 como ponto de partida, os Pumpkins criaram um álbum silencioso que parece curiosamente fora do tempo, é certamente uma consequência de seu trabalho anterior, mas as diferenças não são inteiramente modernas.

Sempre que sintetizadores são adicionados à mixagem, os resultados fazem a banda soar como um contemporâneo do Cure ou Depeche Mode, não do Aphex Twin. Isso não é necessariamente um problema, já que Adore cria seu próprio mundo com teclados em camadas, guitarras acústicas e uma seleção rotativa de bateristas e máquinas. Não há nada da fanfarronice distorcida de Mellon Collie e nada da grandiosa cor tecnicolor sonora de Siamese Dream. Adore reformula os momentos de calma desses álbuns em tom sépia, na tentativa de ser modesto e intimista. Apenas Billy Corgan consideraria um álbum de 16 faixas e 74 minutos um esforço modesto, mas em comparação com seus predecessores, parece um pouco reduzido. Ainda assim, as ambições de Corgan reinam supremas. Este não é um mero álbum acústico, nem é eletrônico, é um rock tranquilo de arte contemporânea, tocando como um álbum conceitual sem nenhum conceito real. Adore é um disco admirável que ilustra a profundidade do som dos Pumpkins.