Em junho de 1988 era lançado Don’t Believe the Hype, single do álbum It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back do Public Enemy. Você confere essa e outras faixas do Public Enemy na programação da FWR.

Há mais de trinta anos, a noção de um Public Enemy de meia-idade parecia absurda. O grupo mais militante do hip-hop parecia definido pela raiva incipiente da juventude, a fé idealista de que uma reestruturação revolucionária do que eles consideravam a sociedade racista da América poderia ser concretizada por pura crença de retidão. Depois de uma geração, eles podem estar mais velhos e mais sábios, mas a ardente chama da raiva não diminuiu. Sua conquista milagrosa sempre foi fazer música tão extrema, agitada e visceral quanto seu conteúdo lírico radical, e ainda hoje sua fúria serrilhada pode chocar. A agregação de sirenes estridentes, funk deep-dub e samples de testemunho que compõem Rebel Without a Pause ainda soa surpreendente, enquanto as cinéticas Don't Believe the Hype e Fight the Power são bolas de tensão, dedos espetados com força no plexo solar. O alerta do Public Enemy, que é essencialmente sobre ser um pensador crítico e independente e formar suas próprias opiniões, é tão poderoso hoje quanto era há mais de três décadas.

Don't Believe the Hype alcançou a 18ª posição na parada de R & B dos Estados Unidos e também alcançou uma alta de 18 na UK Singles Chart em julho de 1988.

Chuck D afirmou que a canção foi inspirada nas obras de Noam Chomsky.