Em julho de 1984 era lançado Zen Arcade, segundo álbum do Hüsker Dü. Você confere as faixas do Husker Du na programação da FWR.

De muitas maneiras, é impossível superestimar o impacto do Zen Arcade de Hüsker Dü no rock underground americano dos anos 80. É o disco que explodiu os limites do hardcore. O Hüsker Dü quebrou todas as regras com Zen Arcade. Em primeiro lugar, é um álbum de conceito amplo, mesmo que o conceito não seja imediatamente claro ou compreensível. Mais importantes são as canções individuais. Tanto Bob Mold quanto Grant Hart abandonaram as regras estritas de "fast, hard, loud" do punk hardcore com suas canções para o Zen Arcade. Sem abaixar o volume, Hüsker Dü tenta de tudo: canções pop, experimentos de fita, canções acústicas, pianos, psicodelia barulhenta.

O Hüsker Dü se comprometeu a fazer um álbum tão extenso, como as notas do encarte afirmam, o álbum foi gravado e mixado em 85 horas e consiste quase inteiramente de primeiras tomadas. Essa abordagem imprudente e ridiculamente obstinada resulta em alguns momentos de fraqueza, o som é fino e os instrumentais se arrastam um pouco mais, mas também é a chave para o sucesso do Zen Arcade. O Hüsker Dü soa fenomenalmente forte e possesso, como se pudesse fazer qualquer coisa. A experimentação sônica é reforçada pelo maior senso musical de Mold e Hart. Nenhum dos escritores tem medo de deixar suas influências pop aparecerem no Zen Arcade, que dá às canções, desde a raiva desenfreada de Something I Learned Today e o acústico de Never Talking to You Again a misteriosa Pink Turns to Blue e o hino Turn On the News. É uma música baseada nos ideais do punk hardcore e indie rock sem ser limitada por eles.