No dia 18 de julho de 1980 era lançado Crocodiles, álbum de estreia do Echo and the Bunnymen. Você confere as faixas do Echo and the Bunnymen na programação da FWR.

Inspirado pela psicodelia? com certeza. Um pouco de Jim Morrison nos vocais? OK, está aí. Mas, apesar de todas as referências e conexões que podem ser feitas, basta ouvir o álbum brilhante e muitas vezes angustiante do Echo para ficar claro que tratava-se de uma banda única e especial. Will Sergeant em particular é uma revelação, indiscutivelmente apenas Johnny Marr e Vini Reilly foram os melhores guitarristas ingleses dos anos 80, tons e melodias inventivas e inesperadas, mas Sergeant não fica muito atrás. Ele toca guitarra elétrica como tal, elétrica e não acústica, dedicado a descobrir o que pode ser feito com ela, mas nunca a usa como desculpa para dobrar trastes. Seus destaques aparecem no som de abertura de Rescue ou as trocas de som e silêncio em Happy Death Men. Enquanto isso, a seção rítmica de Pattinson/De Freitas reivindica sua própria grandeza, o baixo do primeiro dirigindo ainda quase sedutor, a percussão do último mudando constantemente os ritmos e estilos enquanto nunca deixa a batida central da música morrer. Depois, há o próprio McCulloch e, embora as imagens possam ser enigmáticas, a entrega sobe, mesmo enquanto seu semi lamento evoca, como na imagem nervosa do vício em Villiers Terrace, "People rolling round on the carpet/Mixing up the medicine". Rápido, sem perder uma nota e queimando com energia mal controlada, Crocodiles continua sendo um clássico merecido.