No dia 21 de julho de 1992 era lançado Dirty, sétimo álbum do Sonic Youth. Você confere as faixas do Sonic Youth na programação da FWR.

Quando a DGC Records assinou com o Nirvana em 1991, um dos representantes A&R da DGC expressou a opinião de que, com muitas turnês e a promoção certa, o novo ato poderia vender tão bem quanto seu colega de gravadora e parceiro de turnê Sonic Youth. O sucesso surpreendente de Nevermind mudou as expectativas comerciais anteriores para Sonic Youth, e quando Dirty foi lançado em 1992, foi visto por muitos como o grande movimento da banda em direção ao mercado grunge. O que não faz muito sentido se você realmente ouvir o álbum; enquanto a produção limpa, mas encorpada de Butch Vig certamente deu às guitarras de Thurston Moore e Lee Ranaldo mais força e presença do que no passado, e muitas das canções seguem na direção cada vez mais melodiosa que a banda vinha viajando em Daydream Nation e Goo. Se qualquer coisa, Dirty encontra Sonic Youth revisitando o território que a banda traçou no Sister, mesclando as estruturas propulsivas do rock (punk e outras) com o caos maravilhoso de sua abordagem da guitarra elétrica, e isso mostra o quão melhor eles conseguiram nos últimos cinco anos, desde as curiosamente belas "Wish Fulfillment" e "Theresa's Sound World" até as brutais "Drunken Butterfly" e "Purr". Dirty também foi o álbum mais abertamente político do Sonic Youth, criticando os abusos da era Reagan/Bush, um movimento surpreendente de uma banda tão frequentemente apaixonada por enigmáticas ironias. Ouvido hoje, Dirty não soa como uma obra-prima (como Daydream Nation) ou um gesto para o público mainstream (como Goo), soa apenas como um álbum de rock muito bom e, nesses termos, se enquadra no melhor trabalho do Sonic Youth.