No dia 27 de julho de 1979 era lançado Highway To Hell, sexto álbum do AC/DC e o último álbum gravado com Bon Scott, o vocalista que forneceu ao grupo uma parte justa de sua sujeira característica. Você confere as faixas do AC/DC na programação da FWR.

Poucos meses depois de seu lançamento, Scott literalmente festejou até a morte (a causa oficial citada como envenenamento agudo por álcool) após uma noite de bebedeira, uma fatalidade do rock & roll que não precisou de imaginação para prever. À luz de sua morte, é difícil não ver Highway to Hell como uma espécie de último testamento, sendo que foi seu último trabalho, e se Scott iria sair em um clarão de glória, esse certamente era o caminho para fazer isso. Esta é a galeria de desvios de um verdadeiro malandro, desde conversas sobre sexo alegremente desajeitadas e hinos de beber até comportamentos bizarros em geral. É tentador dizer que Scott pode ter sido presciente sobre seu fim, ou notar como a faixa-título pode ser sinistra após sua morte, tentando derramar tudo no papel, mas é mais correto dizer que a jornada ficou muito rápida e selvagem para o AC/DC, e ele estava simplesmente voando alto. Afinal, não foi apenas Scott que atingiu um novo pico em Highway to Hell; o mesmo fizeram os irmãos Young, transformando seus riffs monstruosos em canções completas e inegáveis. Este é o melhor conjunto de músicas deles. Parte do crédito também deve ir para Robert John "Mutt" Lange, que dá ao álbum uma precisão e magnitude que faltava aos LPs de Vanda & Young em seu encanto encardido. Filtrado pela mesa de mixagem do Mutt, AC/DC nunca soou tão grande, e eles nunca tiveram músicas tão boas, e nunca tinham lançado um álbum tão singularmente destruidor de ossos ou clássico como este até agora.