Em setembro de 1986 era lançado Forever Breathes the Lonely Word, sexto álbum da banda Felt. Você confere as faixas do The Felt na programação da FWR.radio.

O primeiro álbum não instrumental do Felt para a Creation também é o primeiro sem o guitarrista principal Maurice Deebank. Forever Breathes the Lonely Word é a festa de debutante de Martin Duffy e seu órgão Hammond se encaixa perfeitamente no novo som mais direto da banda. As guitarras certamente ainda tilintam em alto e bom som, mas os tons quentes do órgão dão às canções um toque mais profundo e comovente. E as músicas começam exatamente de onde pararam em Ignite the Seven Cannons. "Rain of Crystal Spires" dá o pontapé inicial de forma brilhante e o resto do álbum nunca deixa você na mão. É um soco melancólico após o outro, com as guitarras e o órgão se encaixando em perfeita harmonia e Lawrence entoando suas letras alfabetizadas e desesperadas como se estivesse andando de cabeça para baixo na chuva em um dia de outono. Cada música do álbum é como uma pepita cristalizada de tudo o que é bom e mágico sobre a banda. A poesia e a emoção de Lawrence surgem como relâmpagos constantes..

Este é o primeiro disco em que algumas das nuvens que pairavam sobre os discos anteriores começam a se separar um pouco e o som fica mais brilhante e quase até alegre às vezes. Créditos a Duffy por um pouco disso, e também pela produção leve e espaçosa, mas principalmente por Lawrence por escrever canções otimistas como "Down But Not Yet Out" ou "Gather Up Your Wings and Fly" que são deprimentes, mas têm energia em seus passos e melodias delicadas.