No dia 08 de outubro de 1991 era lançado Badmotorfinger, terceiro disco do Soundgarden. Você confere as faixas do Soundgarden na programação da Fakktory.

Buscando a popularidade com seu segundo álbum em uma grande gravadora, o Soundgarden de repente desenvolveu um senso de arte, o resultado é Badmotorfinger, que se tornou de longe o álbum mais realizado até aquele ponto. Quase tudo sobre ele é um passo à frente de seus predecessores, a produção é mais nítida e a música mais ambiciosa e a composição dá um salto quântico em foco e consistência. Ao fazer isso, a banda eliminou os meandros obscuros que os atormentavam no passado. A sabedoria convencional diz que, apesar das vendas de platina, Badmotorfinger se perdeu em meio ao sucesso de bilheteria Nevermind e Ten (todos foram lançados na mesma época). Mas o fato é que, embora sejam todos ótimos discos, Badmotorfinger é muito menos acessível em comparação. Não que não seja melódico, mas também soa distorcido, cheio de riffs dissonantes, compassos impossíveis, solos texturais uivantes e tonalidades estranhas e monótonas. É uma música surpreendentemente cerebral e artística para uma banda que corteja o público mainstream do metal, mas ataca com precisão científica. Parte disso se deve à presença do novo baixista Ben Shepherd, que dá à banda sua base rítmica mais densa, e além disso, imediatamente assume a parte de Hiro Yamamoto na composição. Mas é evidente que toda a banda expandiu muito as suas ambições. E Badmotorfinger os cumpre, juntando todos os diferentes fios do som da banda em um álbum maduro, confiante e bem escrito. É desafiador, cheio de sensibilidade intelectual e interação complexa da banda. E com seu próximo álbum, Soundgarden aprenderia como torná-lo totalmente acessível para o público mainstream também.