No dia 8 de outubro de 1975 chegava às lojas Radio-Activity, quinto álbum do Kraftwerk Você confere as faixas do Kraftwerk na programação da Fakktory.

O título do álbum hifenizado exibe o humor quase imperceptível típico do Kraftwerk, sendo um trocadilho com os temas das canções, que variam sobre radioatividade e atividade no rádio. Outro exemplo é na faixa Radio Stars, que como um título pode se referir a estrelas pop, mas ao ouvir é revelado ser sobre quasares e pulsares.

Este foi o primeiro álbum do Kraftwerk totalmente autoproduzido por Ralf Hütter e Schneider em seu estúdio Kling Klang, e o primeiro a ser tocado pelo clássico Hütter/Florian Schneider/Karl Bartos/Wolfgang Flür. Todas as músicas foram escritas por Hütter e Schneider, com Emil Schult colaborando nas letras. Schult também projetou a arte, uma ilustração modificada de um rádio Deutscher Kleinempfänger do final dos anos 1930.

Foi o primeiro álbum do Kraftwerk a apresentar o uso do teclado Vako Orchestron e o Moog Micromoog. A percussão eletrônica da banda também teve grande destaque no som, com o uso extensivo de vocoder. Pela primeira vez o grupo não usou flauta, violino ou violão.

O álbum alcançou a posição 59 no Canadá. A faixa-título Radioactivity foi lançada como single e se tornou um sucesso na França depois que foi usada como tema para um programa de TV.

O britânico David Hockney disse uma vez: "Pessoas que entendem de música entendem o silêncio", e o LP está cheio de momentos em que a música se transforma em quase nada, ou é desacelerada. Radio-Activity é sonoramente mudo, às vezes frágil e bonito. Um disco fundamental no desenvolvimento contínuo do grupo e marcou o retorno do Kraftwerk a um território mais obtuso, utilizando extensivamente osciladores e até momentos de silêncio lembrando John Cage.