No dia 3 de novembro de 2009 era lançado Love Comes Close, primeiro álbum da banda americana Cold Cave. Você confere as faixas do Cold Cave na programação da FWR.

Entre os grupos mais sombrios que estão repaginando e subvertendo o pop eletrônico, Cold Cave tem um nome perfeito.

A banda se aprimora nos aspectos mais sombrios e românticos do synthpop e da música industrial, criando algo igualmente robótico e emotivo. Eles fazem isso com mais alcance do que alguns de seus contemporâneos, abrangendo uma abstração suave, pop sombriamente dançante e um desespero agudo sem nunca soar disperso. Cold Cave serve esses estilos com doses heroicas de ruído, usando para um efeito particularmente bonito em Life Magazine, onde os vocais frágeis de Caralee McElroy que ecoam e ricocheteiam em grossas camadas de estática, e em I.C.D.K., que se torna ainda mais sonhadora e assustadora por seus tons de sintetizador baratos.

Enquanto Cold Cave pode ressuscitar as sombras góticas dos anos 80 como poucos, especialmente em Heaven Was Full e The Laurels of Erotomania, que borrifa sua desolação fria com uma melodia cintilante, Love Comes Close é mais interessante quando o banda concentra-se em seus instintos pop. A faixa-título é um destaque, adoçando o refrão de Wesley Eisold: "o amor chega perto, mas escolho me poupar" com o conforto de guitarras fracamente ensolaradas; Youth and Lust retrabalha a melancolia com glamour esquálido. Mesmo os momentos mais taciturnos de Love Comes Close são inteligentes o suficiente para evitar ser completamente sisudo.

Love Comes Close é uma estreia forte, não apenas porque Cold Cave abraça sua escuridão tão completamente, mas porque eles encontram muitos tons dentro dela.