No dia 13 de novembro de 1981 era lançado Movement, álbum de estreia do New Order. Você confere as faixas do New Order na programação da FWR.

Movement é o primeiro passo hesitante na transição do Joy Division para New Order. Após a trágica perda de Ian Curtis, os três integrantes da antiga formação acrescentaram a tecladista Gillian Gilbert e seguiram em frente.

Apesar de um single de estreia relativamente seguro (Ceremony, que não apareceu no álbum), o primeiro álbum do New Order revelou uma banda compreensivelmente enlutada por seu ex-vocalista. Movement era composto de canções escritas logo após o suicídio de Ian Curtis, e foi gravado com tons de vocais alternados para ver qual caberia melhor, embora nenhum dos dois, o baixista Peter Hook nem o guitarrista Bernard Sumner soaram bastante dignos do manto. Sumner acabou assumindo a liderança em todas as faixas, exceto em Dreams Never End e Doubts Even Here.

Há facilmente referências a Curtis em todo o disco, com desespero e confusão reinando, especialmente em Senses e ICB.

Mais do que em qualquer disco do Joy Division, também revelou um grupo sem medo de experimentar incansavelmente no estúdio até que surgisse com algo único. Mostrou em faixas como Dreams Never End ou a dançante Chosen Time dotes que floresceriam mais tarde em sua carreira.

Estimulado pelo produtor Martin Hannett, o New Order produziu um disco fantasmagórico, frágil, e nunca otimista, com baterias eletrônicas ecoando sobre ondas sombrias de sintetizadores e o trabalho de baixo icônico de Hook.

Uma obra-prima na carreira de qualquer outra banda post punk, Movement empalideceu apenas em comparação com o trabalho posterior da banda.

A capa do álbum foi desenhada por Peter Saville e é baseada em um pôster do futurista italiano Fortunato Depero.