Em março de 1995 era lançado o álbum homônimo de estreia da banda Elastica. Você confere as faixas do Elastica na programação da FWR.radio.

Elastica pode conter um riff aqui e ali do Wire ou dos Stranglers, mas não mais do que o Led Zeppelin fez com Willie Dixon ou os Beach Boys com Chuck Berry. A chave é o contexto. Elastica pode transformar a arte rígida do Wire em um single sexy e rock com trechos marcantes ou retrabalhar No More Heroes dos Stranglers em um hino mais universal. Os riffs são angulares como os primeiros Adam & the Ants, as melodias provocam como Blondie, e toda a banda é tão forte quanto o Clash, mas eles nunca parecem nada menos do que contemporâneos.

A sexualidade desapegada de Justine Frischmann adiciona um toque extra às suas canções breves e pontiagudas, Stutter fala sobre a impotência de um namorado, Car Song faz sexo em um carro realmente parecer sexy, Line Up afasta as groupies e Vaseline fala por si.

Mesmo que o riff ocasional soe como um grupo old wave, o simples fato é que quase nenhuma banda new wave fez discos tão consistentemente rock e melódicos.

O álbum foi nomeado para o Mercury Music Prize.

O disco também foi bem nos Estados Unidos, atingindo o pico de número 66 na Billboard 200 após 11 semanas nas paradas. Dois meses após seu lançamento, ele vendeu mais de 59.000 unidades nos Estados Unidos, de acordo com a Nielsen Soundscan. No final de 1995, ele já havia vendido aproximadamente 1 milhão de cópias em todo o mundo, de acordo com a Billboard. Cerca de metade dessas vendas foram na América, onde foi certificado como ouro em dezembro de 1995. Em abril de 2000, as vendas no Reino Unido foram estimadas pelo selo Deceptive da banda em 270.000 cópias.