No dia 19 de março de 1990 chegava às lojas Violator, sétimo álbum do Depeche Mode. Você confere as faixas do Depeche Mode na programação da FWR.

Em uma palavra, deslumbrante. Na verdade, Violator continuou seguindo a linha geral dos seus dois discos anteriores: o extremismo emocional lírico de Martin Gore, o talento para trechos cativantes filtrados por Alan Wilder para arranjos perfeitos e habilmente auxiliado por um dos melhores produtores ingleses, Flood. No entanto, a ideia de que esse álbum dominaria as paradas mundiais, enquanto canção por canção sendo simplesmente o melhor e mais consistente disco da banda, poderia ter sido apenas a fantasia mais selvagem antes de seu lançamento.

Os primeiros dois singles do álbum, no entanto, sinalizaram que algo estava acontecendo. Primeiro foi Personal Jesus, ao mesmo tempo simplista, com uma batida forte e acordes básicos de blues de guitarra, pulsa forte graças aos toques de produção afiados e aos vocais sinuosos e ecoados de David Gahan. Em seguida, Enjoy the Silence, bombeada em uma enorme e dramática mistura de melancolia e dança, comandada em seu escopo orquestral/coral simulado. O single seguinte é Policy of Truth, uma faixa com um groove discreto da Motown para os dias modernos com uma letra afiada. Para coroar tudo isso, o álbum em si pontuou música após música, desde a batida desconexa de Sweetest Perfection (bem cantada por Gore) até a etérea Waiting for the Night. Clean envolve Violator com notas graves e atmosféricas, sinistras e melancólicas.

Gótico sem nunca ser forçado, synthpop sem soar como o estereótipo da música de sintetizador, rock sem nunca soar como uma banda de "rock", Depeche aqui atinge alturas realmente surpreendentes.

Violator está incluído no livro 1001 Álbuns que você deve ouvir antes de morrer.