Em fevereiro de 1984 era lançado The Splendour of Fear, segundo álbum da banda Felt. Você confere as faixas do Felt na programação da FWR.
Quando eles lançaram Splendour of Fear o Felt havia começado a deixar o som claustrofóbico e esparso de seu debut, onde os vocais de Lawrence estavam enterrados na mixagem. O single Trails of Color Dissolve de 1982 trouxe seus vocais desesperadamente cheios de angústia para o primeiro plano e diminuiu um pouco o trabalho de guitarra de Maurice Deebank. Ainda era primitivo e um pouco cru, mas quando eles foram ao estúdio para gravar Splendor, o produtor John A. Rivers e a banda optaram por uma abordagem maior e mais completa que fez a bateria bater como um trovão e as guitarras preencherem a tela por todo o caminho, até as bordas mais distantes.
Mais importante ainda, os vocais de Lawrence são frontais e fortes; ele soa totalmente responsável pela banda e pelas músicas como se não tivesse feito até aquele ponto. Quando seus vocais entram pela primeira vez, na segunda música do álbum, The World Is as Soft as Lace, é um momento revelador carregado de emoção e, conforme a música chega ao fim, fica claro que o Felt deu um grande passo à frente.
Os instrumentais também são adoráveis, especialmente na alegre Mexican Bandits, que brinca como uma cena de perseguição enquanto os dois guitarristas duelam e a bateria e o baixo os carregam, e A Preacher in New England, que é uma excelente vitrine para acrobacia barroca de Deebank e adiciona um toque de sintetizador sutil à mixagem.
The Splendour of Fear é uma boa continuação da estreia dramática do Felt e aponta o caminho a seguir para sua primeira fase clássica.