Em março de 1988 era lançado Love Hysteria, segundo álbum solo do Peter Murphy. Você confere as faixas de Peter Murphy na programação da FWR.
Tendo reunido, para fins de turnê, o que logo seria sua banda de apoio, os Hundred Men, e mais especificamente, tendo encontrado um novo colaborador-chave nas composições, o ex tecladista do B-Movie, Paul Statham, Murphy criou seu trabalho pós-Bauhaus mais elegante até agora. Love Hysteria tem ecos definitivos de Bowie, embora o sentimento fosse mais do final da era Berlim dos anos 70 do que Ziggy glam.
Dito isso, com sua banda apresentando uma variedade de performances brilhantes e animadas e com a produção simpática do ex-integrante/arranjador do Fall, Simon Rogers, Murphy combinou a música com talento e sua voz mais pro sussurro apaixonado do que um uivo poderoso.
O single principal All Night Long foi uma espécie de grande sucesso americano; o rock drive otimista com teclados exuberantes são uma base perfeita para a performance de Murphy. Outros momentos, como as combinações de violão/guitarra elétrica em Indigo Eyes e Dragnet Drag, afastam Murphy ainda mais da sombra do Bauhaus, embora His Circle and Hers Meet e Blind Sublime tenham uma energia brusca. Os destaques definitivos do álbum são duas baladas majestosas: Time Has Got Nothing to Do With It, com uma linha fina de sintetizador de Statham combinando com os vocais crescentes de Murphy; e My Last Two Weeks, um sentimento romântico simplesmente maravilhoso.
Fechando com uma brincadeira divertida em Funtime de Iggy Pop, saudando outro dos antigos heróis de Murphy com um vocal apropriadamente forte e samples divertidos de filmes de terror, Love Hysteria mostra Murphy se tornando um artista totalmente independente.