No dia 6 de março de 1990 era lançado nos Estados Unidos Birds of Passage, segundo álbum da banda norueguesa Bel Canto. Você confere as faixas do Bel Canto na programação da FWR.

Em seu segundo álbum, a música da banda é um toque, apenas um toque, mais direto, com os vocais de Anneli Marian Drecker um pouco mais à frente. Seja pela confiança cada vez maior em se apresentar ou apenas por uma decisão por parte da banda, o efeito ajudou o Bel Canto a se tornar uma unidade ainda mais distinta.

Ainda há momentos em Birds of Passage em que outras bandas são evocadas com bastante força, em um grau mais alto do que no anterior White-Out. The Glassmaker, embora enérgica e ótima de se ouvir, é o mais próximo que se pode chegar dos Cocteau Twins, especialmente com o canto sem palavras de Drecker. A Shoulder to the Wheel, com seu lindo suporte de sintetizador e uma melodia principal ligeiramente estridente, mas ainda adorável, para manter o curso, com os vocais de Drecker seguindo sua própria direção adorável. Nils Johansen dá uma reviravolta vocal com Drecker em Time Without End, que é discreta, mas muito boa, com uma quebra de sintetizador impressionante.

No disco, Drecker e Jenssen se concentram estritamente na música, às vezes um pouco mais suave em alguns pontos do que em White-Out, mas muitas vezes capturando a mistura de beleza e drama mais uma vez, e em pontos prenunciando o surpreendente trabalho posterior do In the Nursery.

As raízes ecléticas do grupo vêm à tona de maneira intrigante, como em Oyster, que cita sutilmente Cars, de Gary Numan, mas depois se transforma em uma faixa mais abertamente apaixonada e orquestrada.