No dia 21 de março de 1988 era lançado Surfer Rosa, álbum de estreia do Pixies. Você confere as faixas do Pixies na programação da FWR.
Um dos álbuns de rock que mais se ouvia compulsivamente nas rádios universitárias nos anos 80, o disco de estreia do Pixies cumpriu a promessa de Come on Pilgrim e, graças à produção de Steve Albini, adicionou uma força muscular que fez seus momentos mais difíceis parecerem equilibrados, mais ameaçador e perverso.
A dinâmica de alto contraste de Albini combina bem com Surfer Rosa, especialmente na abertura explosiva Bone Machine e na pervertida Cactus inspirada em T. Rex. Mas, assim como a foto em preto e branco de uma dançarina de flamenco na capa, Surfer Rosa é o trabalho mais polarizado dos Pixies. Para cada pedaço de punk em chamas, há momentos mais suaves, como Where Is My Mind?, e Gigantic de Kim Deal, que quase ofusca o restante do álbum. Mas mesmo as canções menos icônicas de Surfer Rosa refletem o quão importante o álbum foi no desenvolvimento do grupo. A "música sobre um super-herói chamado Tony" (Tony's Theme) foi a faixa mais alegre que os Pixies já haviam gravado, apontando o caminho para seu trabalho mais abertamente divertido e caprichoso em Doolittle.
Em um ano que incluiu álbuns marcantes de contemporâneos como Throwing Muses, Sonic Youth e My Bloody Valentine, os Pixies conseguiram virar um dos discos mais marcantes e distintos de 1988. Surfer Rosa pode não ser o trabalho mais acessível do grupo, mas é um dos mais atraentes.
Surfer Rosa foi relançado nos Estados Unidos em 1992 e em 2005 foi certificado ouro pela RIAA. Artistas, incluindo Billy Corgan e PJ Harvey, citam o disco como uma inspiração; foi uma influência no álbum Nevermind do Nirvana, de 1991, e a banda contratou Albini para gravar seu álbum de 1993, In Utero.