No dia 23 de março de 1987 era lançado Opus Dei, terceiro álbum do Laibach. Você confere as faixas do Laibach na programação da FWR.
Tendo ganhado bastante atenção no underground por toda a Europa, particularmente na Alemanha e na Inglaterra, Laibach assinou com a Mute Records, levou Rico Conning para cuidar da produção, enquanto o grupo decidiu explicar as conexões entre o rock & roll de mega-arena e o espetáculo fascista (crítica) de forma ainda mais direta.
Dois singles brilhantes foram o resultado final, o primeiro sendo Geburt Einer Nation, uma cover em alemão do então recente sucesso do Queen, One Vision, transformada em uma marcha wagneriana que permaneceu tão cativante quanto a original, mas com conotações muito mais perturbadoras. Ouvir vozes guturais falando sobre "um mundo, um povo" em cima de tambores e trompetes dramáticos torna-se puro pesadelo do Big Brother, sem dúvida.
Indiscutivelmente ainda mais fascinante é Life Is Life, uma canção hippie do grupo alemão Opus que foi retrabalhada por Laibach em duas versões diferentes, a alemã Leben Heisst Leben e a inglesa Opus Dei. Ambos são incríveis, dramáticos e, graças a alguns teclados suaves, até lindas. As outras faixas do Opus Dei são um grupo misto, mas valioso, mostrando a banda destruindo os limites estilísticos com combinações mais clássicas/hard rock/marcial/pista de dança.
Os resultados podem ser estranhamente doces como o início de F.I.A.T. ou explosivos como Leben-Tod ou a bombástica rapidez nervosa de Trans-National, mas todas são boas em seus próprios caminhos.
A atenção que este álbum recebeu da MTV e de outros levou à primeira turnê mundial do Laibach.
O álbum também foi incluído no livro 1001 Álbuns que você deve ouvir antes de morrer.