No dia 5 de maio de 2003 era lançado Think Tank, sétimo álbum do Blur. Você confere as faixas do Blur na programação da FWR.
Quando o Blur começou a gravar Think Tank, as tensões entre Damon Albarn e o guitarrista Graham Coxon chegaram a um ponto de ebulição após o sucesso de Albarn com seu projeto paralelo mais dançante, Gorillaz, levando-o a afirmar domínio sobre a banda, que estava em conflito com um Coxon recém-sóbrio e sombrio, cujos discos solo foram obstinadamente elaborados para agradar a pequenos públicos.
De acordo com a maioria das reportagens da imprensa, o ponto de ruptura foi Albarn trazer Fatboy Slim para o trabalho de produção, levando à partida amarga de Coxon e à bagunça túrgida que é o Think Tank. Dadas as conexões de Gorillaz e Fatboy Slim (que, afinal de contas, produziu apenas duas faixas), é fácil supor que Albarn está empurrando Blur para um álbum dançante pesado, o que não é estritamente verdade, em parte porque a banda sempre negociou com o alternative dance. Mesmo assim, houve uma mudança na abordagem. Onde costumavam usar batidas de disco e house como base (Girls and Boys ou Entertain Me), o Blur agora pega emprestado o gosto da dance moderna, até mesmo a confiança, na atmosfera sobre a música e a estrutura, o que é meio irônico, já que o grupo sempre se destacou em música e estrutura no passado.
Não se engane, mesmo que o baixista Alex James e Dave Rowntree estejam juntos, esse é o som de Albarn, um desenvolvimento (talvez inevitável) que até mesmo os vorazes apoiadores do Blur temiam secretamente que poderia arruinar a banda, e isso aconteceu. Por quê? Porque os talentos de Albarn clamam por um colaborador. Ele tem várias ideias, mas precisa de ajuda não apenas na execução, mas para definir quais ideias são realmente boas.