No dia 10 de maio de 1993 era lançado Modern Life Is Rubbish, segundo álbum do Blur. Você confere as faixas do Blur na programação da FWR.

Em resposta ao domínio do grunge e à diminuição do seu próprio perfil em sua terra natal, o Blur se reinventou com seu segundo álbum, abandonando as influências shoegazing e madchester que dominaram Leisure pelo pop tradicional. Superficialmente, Modern Life pode parecer uma homenagem aos Kinks, David Bowie, aos Beatles e Syd Barrett, mas não é uma reafirmação, é uma revitalização. Blur usa a guitarra pop britânica dos Beatles a My Bloody Valentine como base, gerando contos de desespero contemporâneo.

Se Damon Albarn não fosse um compositor tão inteligente, tanto liricamente quanto melodicamente, Modern Life poderia ter afundado sob suas próprias pretensões, e a última metade se arrasta um pouco. No entanto, o disco está repleto de vida, já que Blur se recusa a tratar suas canções classicistas como peças de museu. A guitarra de Graham Coxon abre cada música, seja com linhas melódicas imprevisíveis ou camadas de efeitos translúcidos e hipnóticos, e seu trabalho cria grande tensão com o baixo cinético de Alex James. E isso fornece a Albarn um pano de fundo vibrante para suas sátiras sociais e comentários de corte. Mas a razão pela qual Modern Life Is Rubbish é um álbum tão dinâmico e inaugurou uma nova era do britpop é que quase todas as músicas são cuidadosamente construídas e possuem uma melodia matadora, desde o imponente For Tomorrow e a punky Advert ao baile de vaudeville de Sunday Sunday e do neopsicodélico Chemical World. Mesmo com suas falhas, é um disco de considerável visão e entusiasmo.