Em maio de 1983 era lançado Cinema Mudo, álbum de estreia do Paralamas do Sucesso. Você confere as faixas do Paralamas do Sucesso na programação da FWR.
Antes de imaginarmos Os Paralamas como trio, eles já foram um quinteto. A banda tinha dois vocalistas (Ronel e Naldo), que saíram em 1982. Além disso, o primeiro baterista do grupo era Vital Dias, que faltou a uma apresentação e foi substituído por João Barone, que permaneceu de vez no grupo.
Então, como um trio, Os Paralamas do Sucesso enviaram uma fita demo à rádio Fluminense FM, em 1982, com quatro músicas. Vital e Sua Moto foi bem executada nas rádios e permitiu a oportunidade do trio fazer a abertura para Lulu Santos no lendário Circo Voador. A partir daí, assinaram o contrato com EMI, e gravaram Cinema Mudo, que de acordo com Herbert Vianna, sofreu “manipulação” da gravadora, por ter acrescentado teclados, solos, ecos e etc.
Excetuando Solidariedade Não!, todas as outras canções da demo entraram no álbum. O disco abre com Vital e Sua Moto, que tem como “protagonista” justamente o ex-baterista da banda. Em seguida aparecem Foi o Modormo; a clássica faixa-título, Patrulha Noturna e Shopstake. E a segunda metade segue com Vovó Ondina É Gente Fina, que homenageia a avó do baixista Bi Ribeiro, que deixava o grupo ensaiar em sua casa; O Que Eu Não Disse, feita em parceria com o amigo Renato Russo, que é o autor da faixa posterior, Química, gravada pela Legião Urbana em seu trabalho de estreia, em 1985. Ou seja, Os Paralamas do Sucesso foram os primeiros intérpretes a gravar uma música de Renato Russo. Em seguida, aparece Encruzilhada, e finalmente, Volúpia.
O debut vendeu inicialmente modestas cinco mil cópias, mas que, em tempos atuais, ultrapassou as 100 mil cópias.